sexta-feira, 7 de março de 2014

CÂMARA HOMENAGEIA AS MULHERES


Foto: Câmara municipal de Barroso


Hoje, 7 de março de 2014, "Dia Internacional da Mulher", em reunião solene, a Câmara Municipal homenageou as mulheres na pessoa de Leila Barbosa, que recebeu a medalha "Dona Quininha", que destaca mulheres que se dedicam às causas sociais e culturais de nossa Barroso. Neli Pacheco recebeu o Título de Cidadã Honorária de Barroso e, como honra ao mérito, nas áreas de atuação no esporte, na culinária, na música, no ensino, na educação e na atuação na liderança dos Doutores do Riso e na Paróquia de Sant'Ana, foram homenageadas com o diploma: Ana Carolina, Trintade Souza, Madalena, Maria da Conceição Pires, Maria do Livramento e Marilac.

Com um discurso poético, falou pela Câmara a Vereadora Wanderléia e, pelos homenageados, falou Leila Barbosa, que sempre exterioriza a sua cultura e o seu conhecimento linguístico. Falou em nome da Senhora Prefeita, a Secretária da Fazenda, Natália, seguida pela Juíza da Comarca de Barroso Dra. Valéria Possas Dornelas.

Gostaria de descrever algumas linhas sobre Dona Quininha, que faleceu em agosto de 2008 com 83 anos de idade.

Esposa do primeiro prefeito de Barroso, Geraldo Napoleão de Souza, foi a primeira Dama do município, totalmente comprometida com as causas sociais de Barroso, pois podia dedicar-se ao social por ter o apoio de sua mãe, a saudosa Dona Naná, que cuidava de seus netos, José Geraldo, Tuia, Ana Maria, Tonho, Quinho e Luiza. Dona Naná viveu na companhia de sua filha durante quarenta anos, quando faleceu em 1975. Dona Quininha liderava os movimentos sociais de Barroso, na música, no esporte e na Matriz de Santana durante 70 anos de sua existência.

Em 1968, quando o Cônego Luiz Giarola Carlos voltou para a Paróquia de Sant'Ana para substituir o Padre Juvenal, se mostrou um pouco desanimado diante das dificuldades de manter o Hospital, que funcionava na Praça Gustavo Meireles, onde funciona hoje o Colégio Invictus. O Hospital era mantido pelo Instituto Nossa Senhora do Carmo, criado pelo próprio Cônego Luiz, em 4 de outubro de 1959.

Dona Quininha, corajosa como sempre foi e que não se intimidava diante dos obstáculos, levantou a moral do Cônego Luiz, dizendo que ia levantar recursos para garantir o funcionamento do Hospital e criou as Voluntárias do Instituto Nossa Senhora do Carmo, que presidiu durante quarenta anos até a sua morte em 2007.

Inicialmente as Voluntárias dedicaram-se a levantar recursos para o Hospital e, posteriormente, à manutenção do Lar Nossa Senhora de Fátima (Asilo).

Um fato histórico ocorreu na Festa da Bondade, para levantar recursos para o Hospital, oportunidade em que foi lançado o Hino de Barroso. A pedido da Dona Quininha, o Poeta Paulo Terra escreveu o Hino e o Tenente Leitão da Polícia Militar de Barbacena compôs a música.

É importante destacar que Dona Quininha nunca recebeu um centavo de nenhum órgão público, dedicando toda a sua vida às causas sociais de Barroso, no esporte, como jogadora de Voleibol, na música, como violinista, na cultura, organizando festas, na saúde, ajudando a manter o Hospital, na assistência social, ajudando a manter o asilo, na Igreja participando de várias áreas, tudo de forma sempre voluntária. É um grande exemplo do valor e da importância de uma Mulher.

Registre-se ainda a doação do terreno no Bairro Nova Barroso para a Paróquia de Sant'Ana, que juntamente com a doação de seu filho Arthur Napoleão, permitiu a construção do CEPAS numa área de 600m².

Por iniciativa do ex-Presidente da Câmara, Vanilton Antônio de Barroso, com apoio de todos os Vereadores, foi criada a comenda "Dona Quininha", para no "Dia da Mulher" a Câmara homenagear anualmente uma mulher comprometida com as causas sociais e culturais de Barroso.

Homenageando esta grande barrosense, homenageio todas as mulheres de Barroso, de Minas Gerais, do Brasil e do Mundo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário