sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

HOSPITAL E O SUS. ATÉ QUANDO?

A nova legislação (Lei nº 12201 de 27/11/2009) sobre entidade filantrópica exige, no caso de Hospital, que o volume de internações e de atendimentos externos atinja no mínimo 60% do total dos atendimentos.

No caso do Hospital de Barroso, mantido pelo Instituto Nossa Senhora do Carmo, Entidade Filantrópica com 51 anos de existência não é problema, pois o volume de atendimento aos beneficiários do Sistema Único de Saúde atinge mais de 80%.

Na revista ‘Notícias Hospitalares’, em seu último número, a matéria assinada por Eduardo Martins com o título TIRO DE MISERICÓRDIA, descreve as agruras das Santas Casas e dos Hospitais Filantrópicos do Brasil que atendem o SUS. O autor chama atenção para a baixa remuneração paga pelo sistema de saúde que cobre apenas 30% dos custos, levando os hospitais filantrópicos do Brasil a ficarem sucateados e o pior, endividando-se na tentativa de se manterem vivos para atender o povo brasileiro. Segundo a matéria, essas dívidas já teriam ultrapassado R$4,5 bilhões de reais.

Os municípios estão sem recursos e não conseguem atualizar as subvenções para os seus grandes parceiros, os Hospitais Filantrópicos. Veja o caso de Barroso, cuja subvenção mensal de apenas R$25.000,00 está congelada desde janeiro de 2005. É uma situação dificílima pela própria natureza da atividade hospitalar, cujos custos fixos ficam entre 65% e 70% do total. A demanda por mão de obra para atender diuturnamente os pacientes e os aumentos reais do salário mínimo repercutem cada vez mais na folha total do Hospital, mesmo com o achatamento da remuneração dos que ganham mais do que o salário mínimo.

O caso do Hospital de Barroso é um reflexo da situação do país. Ainda que não seja a atividade principal da entidade, torna-se fundamental que façamos eventos, festas juninas, leilão de gado, sorteio de prêmios e outros esforços com o suporte dos funcionários e com o indispensável apoio da comunidade. Essa situação tende a perdurar enquanto no Congresso Nacional a Emenda Constitucional nº 29 não andar. No Governo Lula não houve nenhum interesse em sua regulamentação, pois, na concepção do presidente, significaria um maior aporte de recursos pelo Governo Federal.

Espera-se que a Presidente Dilma tenha maior sensibilidade para com a saúde do povo brasileiro e salve os Hospitais, dobrando o valor da tabela do SUS. No Congresso Nacional ela tem maioria qualificada, sendo que dinheiro e apoio não faltarão. O que realmente precisa ser feito é ter boa vontade para com o povo brasileiro que não tem plano de saúde e cumprir a Constituição Federal em seu artigo 196 que descreve claramente o dever do Estado de atender integralmente o cidadão na área da saúde.

Caso não se aprove a emenda 29 e não se melhore as subvenções, não se sabe realmente até quando a passividade do povo brasileiro vai suportar tamanho descaso com os Hospitais Filantrópicos. Se nada for feito a situação tende a piorar, pois é o povo humilde o mais sacrificado.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

QUAL É O SEU SONHO?



O título desta matéria é inspirado na entrevista que o arquiteto Jaime Lerner deu ontem no Programa Roda Viva da TV Record sob a direção de Marília Gabriela.


Jaime Lerner ficou famoso por seu trabalho como prefeito de Curitiba e como Governador do Paraná. Profundo conhecedor de urbanismo, fez de Curitiba uma das cidades com melhor qualidade de vida, sobretudo quanto à logística dos transportes na capital paranaense.


Os interlocutores o provocaram com várias perguntas importantes, enfocando aspectos do gargalo dos aeroportos e dos transportes municipais com vistas aos dois grandes eventos que ocorrerão no Brasil em 2014 (Copa do Mundo de Futebol) e 2016 (Olimpíada).


Pelo seu conhecimento e pela sua experiência tornou-se conhecido e respeitado pelo mundo, oferecendo o seu serviço de consultoria de arquitetura urbanística para importantes cidades deste planeta.


Um detalhe que me chamou a atenção é que ele tem a sua equipe de trabalho e agrega a ela pessoas da própria cidade que o contrata, entendendo que o grupo tem que estar motivado e comprometido com os objetivos do projeto que se vai realizar na localidade.


Ele disse que a primeira coisa que faz quando chamado por prefeito, governador ou até mesmo Presidente da República do país que o contrata é fazer a pergunta ao político: QUAL É O SEU SONHO?


Por que o trabalho envolvendo um grupo motivado? Porque um sonho que se sonha só é apenas um sonho e um sonho que se sonha junto pode se tornar realidade.


Afinado com esta idéia, relembro-me quando me candidatei a Prefeito de Barroso em 1991 e apaixonado pela cidade, entendendo que não tinha aqui uma obra de Aleijadinho e outros atrativos que pudessem atrair os turistas, imaginei uma forma de tornar Barroso uma cidade conhecida, da seguinte forma: No primeiro ano de meu mandato, Barroso seria a cidade mais limpa e cheirosa da região, sem cheiro de xixi e de esgoto; no segundo ano, a mais limpa e cheirosa de Minas Gerais; no terceiro ano a mais limpa e cheirosa do Brasil e no último ano, a mais limpa e cheirosa do Mundo, acreditando que iríamos atrair a curiosidade e o prazer dos turistas em visitá-la e por via de conseqüência, recebendo o volume de turistas que sonhávamos a cada ano aumentaria exponencialmente, teríamos que preparar a infra-estrutura para recebê-los, como hotéis, restaurantes, parques, jardins e tudo enfim que acolhe os turistas, fazendo da atividade uma alternativa econômica e social que geraria emprego e renda para os barrosenses, além naturalmente, do crescimento cultural e intelectual de nossa gente em função dos contatos com os turistas de todo o Brasil e do mundo, onde exigiria inclusive o conhecimento de línguas universais como o inglês, o francês e o espanhol.


Noutra vertente, copiando os Estados Unidos, sonhava fazer de Barroso, o centro da medicina avançada desta região investindo uma grande soma de recursos com este objetivo, com o apoio do governo federal e estadual, para o atendimento da população de Barroso e da microrregião de Barbacena e de São João del-Rei, que se rivalizam neste sentido. Enquanto o Hospital regional em Barbacena não atende os seus objetivos, São João del-Rei também quer ter o seu próprio Hospital regional, o que é inviável. Barroso seria o local ideal e estratégico para um investimento desta natureza.


Nesse sentido, é interessante destacar o importante trabalho realizado pelo Governo do Ceará com o qual fiz contato como Diretor Geral do Hospital, para implantar em Barroso o Programa dos Agentes Comunitários de Saúde. Formamos 30 moças e contratamos 12 que iniciaram um grande trabalho de verdadeira assistência, sobretudo, às comunidades mais carentes e na zona rural. As senhoras ganhavam apenas meio salário mínimo que era pago pelo Hospital e trabalhavam com entusiasmo, competência e dedicação, em meio expediente.


Depois o sistema de saúde incorporou o serviço que inicialmente passou a ser realizado pela Prefeitura Municipal de Barroso em tempo integral e ganhando o salário mínimo, mas para nossa surpresa, em poucos meses o trabalho foi encerrado, pois não encontraram na Secretaria Municipal de Saúde a motivação para continuar o trabalho belíssimo que realizaram através do Hospital por quase um ano. A nossa iniciativa no Hospital foi o embrião do que mais tarde viria a ser feito pelo Governo Federal, através do Programa de Saúde da Família.


É preciso sonhar, é preciso acreditar, é preciso motivar para se realizar as grandes aspirações e fazer felizes os barrosenses.


Qual é o seu sonho? É preciso compartilhar-lo, para sonharmos juntos e torná-lo realidade!

SOLIDARIEDADE HUMANA

A catástrofe ocorrida nos municípios fluminenses de Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis, cujas manchetes tomaram conta da mídia nacional e internacional nesses dias chocou os brasileiros e até mesmo os estrangeiros.

As imagens falaram e falam mais do que as palavras, eventos que tocaram profundamente a nossa alma e despertaram em nós o espírito e a virtude da solidariedade humana.

Colocamo-nos no lugar das pessoas e famílias atingidas para percebermos a profundeza do desastre ambiental.

Sobre as questões ambientais há um enunciado que diz: "Deus perdoa sempre, o homem às vezes, mas a natureza nunca perdoa".

O Geraldo, meu filho, popularmente conhecido como G2, é um fascinado com o meio ambiente e a todo o momento tem exteriorizado a sua preocupação com o futuro do planeta terra e como seu aquecimento.

É interessante observar que talvez para atender os interesses do capitalismo, existem correntes que entendem que esses problemas são sazonais, ou seja, ocorrerão há cada cinco ou dez anos.

As gerações futuras é que poderão certificar quem estava com a razão. De qualquer forma - pelo sim, pelo não - cabe a todo o ser humano cumprir a sua parte, respeitando a natureza e contribuindo para um universo mais saudável.

É preciso sermos solidários neste momento para com os irmãos que sofrem a tragédia.

Uma forma de ajudar é colaborar com recursos financeiros. No Banco do Brasil estão disponíveis as contas relacionadas abaixo para que as pessoas generosas e solidárias possam dar a sua contribuição:

Teresópolis: Agência 0741-2 conta 110000-9;

Nova Friburgo: Agênica 0335-2 conta 120000-3; e

Petrópolis: Agência 0080-9 conta 76000-5

Por julgar que Nova Friburgo foi mais atingida e em situação econômica inferior, fiz a minha modesta contribuição para aquele povo sofrido.

Faça você também a sua contribuição que ela fará bem ao seu espírito.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

PROMETIDO E CUMPRIDO

O Chefe do Gabinete da Senhora Prefeita Eika Oka de Melo, Vicente de Paula Ferreira, popularmente conhecido como Fadinho, havia me prometido que tão logo fossem apagadas as luzes de natal no prédio da Prefeitura Municipal, a Lei de nossa iniciativa, aprovada por unanimidade pela Câmara Municipal e sancionada pela Prefeita seria cumprida, ou seja, as bandeiras em frente ao prédio da Prefeitura permaneceriam hasteadas, com a iluminação projetada sobre os símbolos nacional, estadual e municipal, cumprindo, sobretudo, a Lei Federal que disciplina o hasteamento da bandeira nacional.

Parabéns Vicente de Paula Ferreira, em nome de todos os cidadãos que se orgulham de ver estes amados símbolos de nosso Brasil, de nossas Minas Gerais e de nossa apaixonante Barroso permanentemente hasteados no prédio dos três poderes.

Ainda sobre as bandeiras, o Fadinho me disse que voltará também a hastear as bandeiras em frente à rodoviária, o que embelezará ainda mais a vista deste importante patrimônio público.

Este ato pode parecer um pequeno passo, mas significa um grande salto para a cidadania de nosso povo.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

BINGO - PRESTAÇÃO DE CONTAS


Clique na Imagem para ver em formato grande.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

UMA SENHORA IMACULADA

Faleceu no dia 9 de janeiro de 2011, MARIA IMACULADA LOPES DA SILVA, 65.
Filha de João Lopes Neto e Maria do Carmo Pereira Lopes, tinha como irmãos Zalinho, Maria das Graças, Mac, João Lopes Filho, Camilo, Eugênio, Rita, Toninho, Francisco e a Neca.
Era casada com Geraldo Rodrigues da Silva Filho, de cuja união nasceram o Geraldo e a Gemara.
Maria Imaculada era uma pessoa inteligente, ética, humana e abnegada. Fez parte da primeira turma do Ginásio São José e após concluir a sua formação superior lecionou matemática até se aposentar, sendo uma professora que ficou na memória dos jovens e adolescentes que tiveram o prazer de tê-la como mestra.
Com a morte prematura de seus pais - em 1979 faleceu sua mãe e já havia falecido o seu pai (1976) e sua irmãzinha caçula(1973) - ela assumiu a responsabilidade pelos sete irmãos que ainda estavam solteiros, pois a Neca foi morar com a sua irmã Maria das Graças que há se casara comigo e o Zalinho também já havia se casado com a Dora.
Maria foi sempre uma pessoa recatada, silenciosa e muita humana. Sempre disposta a ajudar os seus irmãos que mais necessitavam e principalmente as pessoas humildes e despossuídas, para as quais sempre tinha uma prato de comida e uma oferta que as faziam felizes.
Abraçou os movimentos da Paróquia de Santana e ultimamente integrou o grupo dos missionários que foi levar a palavra de Deus aos barrosenses.
Maria teve realmente uma vida imaculada e foram felizes os seus familiares e os seus amigos que desfrutaram do seu convívio.
Por certo ela deixou esta vida passageira para ingressar na vida eterna ao lado do Pai. Aqui ela deixou um grande exemplo que deve ser seguido por todos a fim de construirmos sempre uma vida mais virtuosa, solidária e feliz. Como certa vez disse Aristóteles, "felicidade é a ação do espírito que manifesta a virtude". Por isso, Maria foi e continua sendo um exemplo de virtude e felicidade!