No dia 8 de dezembro de 2012, a primeira turma de
formandos do Ginásio São José comemorou festivamente os cinquenta anos daquele
histórico acontecimento. Foi celebrada uma missa pelo Padre Fábio José
Damasceno e o Monsenhor Pedro Terra na Matriz de Sant'Ana, com a presença dos
ex-alunos: Ana Lúcia de Souza, Bernadete de Souza Meireles, Eli Reis, Fernando
da Silveira Goulart, Ilka de Souza, José Bernardo Meneghin, José Ribeiro de
Moura, José Orlando de Melo, Mauri do Carmo Ceolin, Maria Paula Moreira, Marly
do Carmo Ceolin, Nadir de Araújo Melo e Wanderley Expedito de Souza. Por motivo
de doença, não compareceram José Geraldo de Souza, Gilberto Stéllio de Souza e
Vilma Maris Barros, além dos alunos que faleceram, Maria Imaculada Lopes, Naly
Altaneide Goulart, Paulo César Possa e Trindade Helenice de Souza. Prestigiaram
o evento os ex-diretores Paulo Terra e Mauro Gomes Ferreira, o Presidente da
Câmara Municipal Vanilton Antônio de Barros e os Vereadores Alexandre, Tonho e
Hélio.
O ex-diretor Paulo Terra, com muita emoção, usou
a palavra para enaltecer aquele histórico momento. Pelos formandos falou José
Bernardo Meneghin, que discorreu sobre a história do Ginásio São José, com os
registros sobre a criação do Ginásio. Citou o importante trabalho de Geraldo
Napoleão de Souza como primeiro prefeito de Barroso (1955 a 1958), quando, em
uma de suas visitas ao Palácio da Liberdade, então Sede do Governo de Minas
Gerais, inteirou-se sobre a possibilidade de fundar um Ginásio em Barroso, a
partir da filiação à Campanha Nacional de Educandários Gratuitos - CNEG.
Entrando em contato imediatamente com o Dr.
Eduardo Rios Neto, administrador da CNEG em Minas Gerais, ficou acertada a sua
visita a Barroso. No cinema local, Dr. Eduardo explicou o que era a CNEG e
sobre as medidas que teriam que ser tomadas para se conseguir a instalação do
ginásio em Barroso.
O Padre Bartolomeu Poli foi escolhido como
Diretor, pela sua experiência em Barbacena, quando foi montado o processo e
encaminhado à Secretaria da CNEG em Belo Horizonte. Enquanto se esperava a notícia
do processo, o Padre Bartolomeu foi transferido para Ponte Nova e assumiu o seu
lugar, interinamente, o Padre Luiz Giarola Carlos.
Dirigindo-se a Juiz de Fora, o Prefeito Geraldo
Napoleão e o Padre Luiz, perceberam que a CNEG em Belo Horizonte ainda não
havia encaminhado o processo à Seccional de Ensino de Juiz de Fora a que
Barroso estava subordinado. Geraldo Napoleão foi pessoalmente a Belo Horizonte,
pegou o processo e o apresentou em Juiz de Fora.
Em 1957, o Diário Oficial de Minas Gerais
publicava a portaria do MEC autorizando o funcionamento do ginásio em Barroso.
No dia 17 de agosto do mesmo ano, foi sancionada a Lei nº 85, criando a
"taxa pró-ginásio", para vigorar a partir de janeiro de 1958, que
garantiria 5% da arrecadação da Prefeitura para a manutenção do Ginásio.
O funcionamento teve início em 1959, com oitenta
alunos. Com o passar do tempo, ao longo dos quatro anos seguintes, muitos
desses alunos foram desistindo, seja por não terem passado de ano ou pelas
difíceis condições da época.
Ao final, apenas 16 alunos, acrescido de mais 4
alunos de Barroso que vieram transferidos de escolas da região, formaram a
primeira turma de formandos do glorioso Ginásio São José.
Hoje, observando os nomes dos formandos, é
possível refletir sobre a importância do educandário para o que viria a ser os
50 anos seguintes de Barroso.
Os esforços de Geraldo Napoleão de Souza, a
partir de uma visão de futuro que compreendia a educação como o grande
investimento para o desenvolvimento de uma comunidade e de uma nação surtiu
efeitos muito positivos e inequívocos para o presente e futuro de Barroso.
Ao final da cerimônia, foram realizadas justas
homenagens com a entrega de placas de reconhecimento ao Poeta Paulo Terra e, em
memória, aos familiares do Prefeito Geraldo Napoleão de Souza e Cônego Luiz
Giarola Carlos.
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