sábado, 7 de janeiro de 2012

6,08%! UMA INJUSTIÇA SOCIAL?




Após aumentar o salário mínimo em mais de 14%, o Governo Federal informa agora o índice de aumento para os aposentados do INSS que ganham acima do que o salário mínimo. O aumento será de 6,08%.



O índice não cobre nem mesmo a inflação anual do período, em torno de 6,5%. É o achatamento do ganho dos aposentados após longos anos de trabalho. E o pior, é no avançar da idade que surgem frequentemente os problemas de saúde, que demandam consultas, exames e medicamentos, os quais, anualmente também sofrem aumentos, certamente igual ou sempre maior do que a inflação, sendo o momento em que o aposentado tem que cobrir esses gastos.


A minha experiência com plano de saúde demonstra que de 60% a 65% das internações são demandadas por pessoas com mais de 60 anos, naturalmente que a maioria dos aposentados que não tenham outra fonte de renda, não conseguem ter um plano de saúde e são obrigados a ficar amparados pelo Sistema Único de Saúde, entrando muitas vezes na fila de espera por exames, consultas e outros procedimentos.

A esperança é que o governo sancionando a lei que regulamentou a Emenda Constitucional nº 29 de 2000, possa remunerar melhor os Hospitais Filantrópicos e sobretudo os médicos, para que tenham mais interesse em atender os pacientes pelo Sistema Único de Saúde.
Este índice deixa muito claro que a Presidente Dilma tem um profundo compromisso com o equilíbrio das finanças públicas, mas pagando muito alto o serviço da dívida, deixando em segundo plano os aposentados que recebem mais que o salário mínimo. Aliás, que recebem salário mínimo até aqui, pois dentro de pouco tempo todos os aposentados estarão ganhando o menor salário possível.


O cenário econômico do Brasil, comparado com o da zona do Euro e do próprio Estados Unidos, indica a necessidade de se baixar bem mais a taxa de remuneração da SELIC, ainda uma das maiores do mundo, como forma de economizar no serviço da dívida pública e poder remunerar melhor os aposentados que percebem mais do que o salário mínimo. É preciso também para garantir algum aumento para os funcionários públicos federais, que neste ano de 2012 não deverão receber nenhum aumento, ou seja, perderão em t0rno de 6,5% de suas rendas em função da inflação anual.

A sociedade precisa se envolver neste debate. No futuro todos os que estão na ativa estarão aposentados e, pelo andar da carruagem, estarão todos recebendo salários que não oferecerão conforto suficiente e não irão cobrir as necessidades específicas da terceira idade.

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