O Conselho Federal de Medicina, as Associações Médicas e outras organizações que congregam os médicos, fizeram no dia 25 de outubro de 2011 uma manifestação a nivel nacional, em protesto contra os baixos valores praticados pelo Sistema Único de Saúde.
Esperava uma grande manifestação dos profissionais médicos que são indispensáveis quando se trata de saúde, pois na minha visão também os hospitais onde trabalham e que atendem os beneficiários do SUS seriam beneficiados.
Na minha visão o movimento que foi bastante espaçado não trouxe impacto para a sociedade, o que lamentamos, pois os Hospitais Filantrópicos brasileiros, grandes parceiros do SUS para o atendimento das camadas sociais mais carentes, se encontram em delicada situação financeira. O SUS, que ocupa com os seus beneficiários entre 60% e 90% dos serviços oferecidos, com a tabela praticada hoje, cobre apenas 60% dos custos dos serviços médico-hospitalares. Decorre dessa situação o déficits dos Hospitais Filantrópicos brasileiros que atendem pelo Sistema Único de Saúde.
O Governo brasileiro aplica 3,8% de seu PIB (que a soma de todas as riquezas nacionais), num total de R$109 bilhões, mas o Canadá e os países da Europa aplicam um mínimo de 6% na saúde.
Os indicadores de saúde do Brasil demonstram que a situação do país se iguala à situação dos paises desenvolvidos na década de 60, quando o volume de recursos era semelhante. Hoje, citando por exemplo os Estados Unidos que aplicam 16% de seu PIB na saúde, considerando-se os recursos públicos e os recursos privados, o Brasil para avançar nessa área, teria que aplicar 80 bilhões a mais na saúde.
A rede de atendimento que está em implantação nesta região (centro-sul), não tem contemplado o Hospital de Barroso por sua proximidade com Barbacena e São João del-Rei, o que nos levou a fazer um manifesto que está assinado pelas autoridades locais, mostrando a importância do Hospital de Barroso para o sistema e que mereceria também um aporte de recursos do Governo Federal, do Governo Estadual e do Governo Municipal.
A saúde no Brasil e em Barroso depende da mobilização social. É preciso que as pessoas se informem e se manifestem a favor de um financiamento mais digno da saúde brasileira.
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