terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

COMODISMO OU OUTRA INTENÇÃO, POLÍTICA?


Acompanhando de perto o crescimento turístico de Tiradentes, observo claramente a decisão de seu Poder Executivo de realizar todos os eventos no coração da cidade.
Considerando que a cidade tornou-se o charme dos turistas de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo, para citar apenas o grande eixo do Brasil, mesmo assim, os dirigentes de Tiradentes não abrem mão de realizar todos os eventos no centro da cidade, pois entendem que os comerciantes é que geram empregos formais, pagam alvarás e impostos, fortalecendo a economia da cidade.
Em Barroso há um fenômeno inverso, os eventos são totalmente desviados do centro, abrindo espaço para o comércio informal, emprego informal (muitas vezes de não-barrosenses) e não contribuindo para alavancar a economia local, gerando desemprego e menos impostos.
Dizem que é por comodismo da polícia e outras desculpas, mas tudo isso não convence.
De qualquer forma em tempo de carnaval que sensibiliza a alma dos brasileiros, vem à minha mente parte daquela música: "A cidade dorme e tudo é silêncio, eu apenas escuto...."

domingo, 8 de fevereiro de 2015

DUAS REDES QUE SE JUNTAM, INDEVIDAMENTE.

Rua Joaquim Ferreira coberta de asfalto
Foto: Barroso em Dia

Na reunião da Câmara Municipal de Barroso, realizada no dia 5 de fevereiro de 2015, compareceram vários moradores da Rua Daniel Pantaleão Ferreira para pedir socorro com relação ao grave problema do estancamento das águas das chuvas, que entram em seus estabelecimentos causando grandes problemas.

Percebe-se que no tempo das chuvas não há o escoamento suficiente das águas e, desde a Lanchonete do Gambá até próximo à ponte do Rio das Mortes, a rua transforma-se em um Rio de Problemas para os moradores da Rua Daniel Pantaleão. Por sua vez, no tempo da estiagem, o problema é o mau cheiro dos bueiros.

Lembro-me de meu tempo de criança, em 1956, quando estava com 8 anos de idade e meu pai como primeiro prefeito de Barroso, estava implantando a rede de esgotos e a rede pluvial da Rua Arthur Napoleão, Rua Joaquim Ferreira, Praça Sant'Ana, Praça Salvador da Silva e a Rua José Bonifácio, hoje nomeada como Rua Daniel Pantaleão.

Era uma rede para o esgoto e uma rede para colher as águas das chuvas. (Um detalhe, eram grandes as manilhas e, enquanto se fazia a obra, brincávamos entrando dento delas nos dias de folga dos trabalhadores).

É interessante destacar o cuidado de se separar as duas redes. É importante lembrar, todavia, que o esgoto seria jogado in natura no Rio das Mortes, pois naquele temo nem sequer se imaginava a construção des Estações de Tratamento de Esgoto - ETEs.

Infelizmente observamos em Barroso um retrocesso, talvez por comodidade ou desconhecimento existe uma comunicação entre a rede de esgoto e a rede pluvial, por isso as enchentes e o mau cheiro. É uma situação desagradável com a qual o Executivo Municipal tem que se preocupar. A Secretaria de Obras deve ficar vigilante para que nas novas construções o esgoto seja jogado na rede de esgoto e as águas na rede pluvial.

Outro fato a destacar. O meu pai ao fazer a pavimentação da Praça Sant'Ana, Rua Arthur Napoleão e Rua Joaquim Ferreira, utilizou o piso de concreto e nas laterais o paralelepípedo, com duas funções importantes: i) facilita a penetração das águas das chuvas na terra e ii) o acesso às redes se torna muito mais acessível.

Infelizmente o governo atual ao asfaltar a Rua Ladislau Magalhães e a Rua Joaquim Ferreira, cobriu tudo de asfalto, inclusive os cantos das ruas e praças que tinham paralelepípedo. Uma medida anti-ecológica e disfuncional para o processo de manutenção da rede.

No mundo todo (com destaque recente do Plano Diretor de Belo Horizonte) tem se  está preconizando esta ideia: não pavimentar toda a rua e utilizar de pedra em suas laterais para que a água penetre na terra e não cause grandes corredeiras.

Mesmo que não seja de forma imediata, o poder público municipal de hoje e do futuro tem que planejar a regularização das redes de esgoto e de água, tornando-as totalmente independentes, para o bem dos moradores e para a saúde dos barrosenses. No momento em que o meio ambiente pede pressa não dá para ficar parado no tempo ou, pior, andar para trás.