No dia 1º de novembro de 2011 na BaHall ocorreu a Audiência Pública para a avaliação do Conselho Estadual do Meio Ambiente - COPAM, para o licenciamento do Projeto de Ampliação da fábrica de cimento de Barroso pela Holcim, com investimento de R$1,4 bilhão de reais, e que no pico da obra estará gerando 2.000 empregos diretos.
No espaço de 5 minutos dedicado ao pronunciamento dos parlamentares, fiz uso da palavra para destacar dois temas fundamentais: a questão do transporte e a questão da saúde, no que tange a assistência médico-hospitalar em Barroso.
Falei de minha afinidade com a história da fábrica de cimento em Barroso, pelo envolvimento de meu pai, Geraldo Napoleão de Souza, quando na condição de Presidente da Sociedade dos Amigos de Barroso e líder de sua emancipação político-administrativa e primeiro prefeito de Barroso.
Salientei sobre a pequena base territorial e a topografia de Barroso, mas com um solo rico em calcário, sinalizava a vocação industrial, sobretudo para a produção de cimento e agregados.
Citei a primeira tentativa frustrada de 1946, para a implantação da industria cimenteira com Américo Renê Gianete.
Destaquei o ano de 1950, quando o engenheiro químico Wagner de Carvalho Coutinho veio a Barroso para sondar a existência do calcário visando a construção de uma fábrica de cimento em Antônio Carlos. Nesse momento, Geraldo Napoleão de Souza apresentou um memorial demonstrativo das vantagens de se instalar em Barroso a fábrica de cimento, aliado ao trabalho conjunto com o Senhor Jaime Ladeira e o Senhor Epifânio Barbosa, para o convencimento do Senhor Faustino Soares de Almeida, visando a venda do terreno para o Grupo Paraíso, oportunidade em que o Senhor Severino Pereira decidiu instalar em Barroso a fábrica de Cimento.
Em 15 de agosto de 1955 foi inaugurada a fábrica de cimento, posteriormente foram construídos mais dois fornos e em 1970, já exercendo o meu primeiro mandato como Vereador, inaugurava-se a primeira grande ampliação da fábrica, sendo Baldonedo o Prefeito e Rondon Pacheco o Governador do Estado de Minas Gerais.
Agora, 1º de novembro de 2011, no limiar de meus 64 anos, também na condição de Vereador, a audiência pública da fábrica de cimento da Holcim, visando a ampliação da fábrica de cimento, triplicando o seu volume de produção, que acompanhando a modernidade, cerca-se de todos os cuidados nos aspectos sociais, ambientais e de segurança.
Falei de meu sonho, de que não ocorrendo alterações na legislação tributária que possam tirar de Barroso uma significante participação no ICMS a partir de 2017 com a EXPANSÃO BARROSO, esperava contar com a sensibilidade dos futuros prefeitos e vereadores para que Barroso possa se transformar em um centro de excelência da assistência médico-hospitalar desta região, a exemplo de Santo Antônio do Amparo, que mesmo com 17 mil habitantes é um centro de referência em sua região.
Sobre o grande volume de cargas que será transportada pela BR 265, destaquei a importância de se revitalizar a ferrovia até Antonio Carlos, orçada em aproximadamente R$93 milhões de reais, mencionando os estudos realizados pelo Dr. Olar Fernandes Loures em 1975, estimando um retorno para o investimento em dez anos.
Fechando o pronunciamento, falei sobre o encontro dos 53 deputados federais mineiros com o Governador de Minas Gerais e os empresários, para a formação de uma frente parlamentar objetivando atrair para Minas Gerais maiores investimentos do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal, que, até aqui havia investido apenas 3% em Minas Gerais. A exemplo desse encontro, propus a formação de uma frente envolvendo todas autoridades municipais e a classe empresarial de Barroso para levar à frente de deputados o pedido visando a inclusão dos recursos para a construção da sonhada ferrovia ligando Barroso a Antônio Carlos.
Assim, haverá grandes vantagens do transporte ferroviário em termos de escala, economia de energia, segurança, meio ambiente, sobretudo se sabendo que mesmo com a ferrovia, o transporte rodoviário não será prejudicado.